ABSTRACT In this paper we show that the positive connection between exchange rate undervaluation and structural change postulated by several unorthodox economists in recent times depends on very specific assumptions, which prevent their conclusions from being sufficiently general. To this aim, we examine the interaction among distributive variables under three different productive structures: Price-taking economies that produce tradable industrial goods, price-taking countries that produce a primary good under differential rent and, finally, price-making countries. In view that the interaction among distributive variables is a priori indeterminate, we conclude that devaluation should be very carefully considered before this policy is recommended to induce structural change.

RESUMEN En este trabajo mostramos que la relación positiva entre devaluación y cambio estructural postulada por varios economistas no ortodoxos en tiempos recientes depende de supuestos muy específicos que impiden que sus conclusiones sean lo suficientemente generales. A tal fin, examinamos la interacción entre las variables distributivas en tres estructuras productivas diferentes: economías tomadoras de precios que producen bienes industriales, países tomadores de precios que producen un bien primario en condiciones de renta diferencial y, finalmente, países formadores de precios. Dado que la interacción entre las variables distributivas es a priori indeterminada, concluimos que los efectos de una devaluación deben ser cuidadosamente explorados antes de que dicha política sea recomendada como la más adecuada para inducir el cambio estructural.

RESUMO Através de um modelo de dois setores negociáveis para uma economia aberta e de preços inspirada na tradição sraffiana clássica, que concebe o padrão do comércio como um problema de escolha técnica, examinamos algumas dificuldades com o recurso à taxa de câmbio política como ferramenta para promover a competitividade setorial. Para esse objetivo, distinguimos entre economias que produzem apenas manufaturados daquelas em que o setor mais lucrativo explora os recursos naturais em condições de aluguel diferenciado. Mostramos que, quando ambos os setores comercializáveis produzem bens industriais, a desvalorização convencional geralmente não permite que um setor doméstico atinja a competitividade internacional sem prejudicar o outro. embora quando o setor predominante opere sob condições de renda diferencial, mesmo que seja possível o desenvolvimento de um novo setor - definindo a taxa de câmbio no nível de “equilíbrio industrial” -, isso exige que o formulador de políticas determine o efeito das mudanças na taxa de câmbio, tanto em direção quanto em magnitude, nas demais variáveis distributivas.

ABSTRACT By means of a two-tradable-sector model for an open, price-taking economy inspired by the Classical-Sraffian tradition, which conceives the pattern of trade as a technical-choice problem, we examine some difficulties with the recourse to exchange-rate policy as a tool to promote sectorial competitiveness. To this aim, we distinguish among economies that only produce manufactures from those in which the most profitable sector exploits natural resources under conditions of differential rent. We show that, when both tradable sectors produce industrial goods, conventional devaluation does not generally allow one domestic sector to reach international competitiveness without damaging the other. While when the prevailing sector operates under conditions of differential rent, even though the development of a new sector - by setting the exchange rate at its “industrial-equilibrium” level - is possible, this requires that the policymaker determines the effect of changes in the exchange rate, both in direction and magnitude, on the other distributive variables.

RESUMEN El presente trabajo analiza los aspectos institucionales que caracterizaron el funcionamiento del mercado cambiario argentino durante la etapa de la posconvertibilidad (2002-2017) y su impacto sobre la dinámica del sector externo. La revisión de los esquemas regulatorios vigentes durante las tres etapas que comprende este periodo, esto es, la de construcción del marco regulatorio del Mercado Único y Libre de Cambios (2002-2011), de control de cambios (2012-2015) y de liberalización (2016-2017), nos permite concluir que las reformas estructurales instrumentadas por el nuevo gobierno no solo no han revertido la tendencia hacia el deterioro del sector externo observada desde el 2011, sino que incluso han tendido a incorporar mayores riesgos sistémicos. JEL: E58, E65, F31, G18.

RESUMO O presente trabalho analisa os aspectos institucionais que caracterizaram o funcionamento do mercado cambial argentino durante a etapa da pós-conversibili-dade (2002-2017) e seu impacto sobre a dinâmica do setor externo. A revisão dos esquemas regulatórios vigentes durante as três etapas que compreende este período, isto é, a de construção do marco regulatório do Mercado Único e Livre de Câmbios (2002-2011), de controle de câmbios (2012-2015) e de liberalização (2016-2017), nos permite concluir que as reformas estruturais instrumentadas pelo novo governo não só não tem revertido a tendência até a deterioração do setor externo observada desde 2011, como inclusive tendem a incorporar maiores riscos sistêmicos. JEL: E58, E65, F31, G18.

ABSTRACT The present paper analyzes the institutional factors that have characterized the Argentine foreign exchange market throughout the post-convertibility era (20022017) and discusses their impact on the dynamics of the external sector. The revision of the different regulatory schemes adopted during this period, namely, the construction of the free and unified exchange market (2002-2011), the stage of foreign exchange controls (2012-2015), and the recent experience of financial deregulation (2016-2017), suggests that the structural reforms implemented by the new government have not reverted the tendency towards external imbalance observed since 2011. Indeed, such reforms have introduced larger systemic risks. JEL: E58, E65, F31, G18.

RÉSUMÉ Ce travail analyse les aspects institutionnels qui ont caractérisé le fonctionnement du marché des changes argentin durant la période de la post convertibilité (2002-2017) et son impact sur la dynamique du secteur externe. L'examen des schémas régulateurs en vigueur durant les trois étapes que compte cette période, à savoir, celle de la construction du marché régulateur du Marché Unique et Libre de Changes (2002-2011), de contrôle des changes (2012-2015) et de libéralisation (2016-2017), nous permet de conclure que les réformes structurelles mises en place par le nouveau gouvernement ont non seulement renversé la tendance vers la détérioration du secteur externe observée depuis 2011, mais qu'elles ont aussi tendu à incorporer de plus grands risques systémiques. JEL: E58, E65, F31, G18.

RESUMO Desenvolvemos uma estrutura formal que endogeneiza a estrutura produtiva de uma pequena economia periférica aberta como o resultado de um problema de escolhas técnicas. Em seguida, examinamos as principais teses teóricas e prescrições políticas da abordagem neodesenvolvimentista do desenvolvimento econômico. Argumentamos que: a) não apenas o padrão de especialização depende das condições técnicas, mas também da distribuição de renda; b) numa economia sem rendas, o nível do rácio do salário nominal-taxa de câmbio é determinado univocamente quando a taxa de lucros é conhecida e mostra uma relação inversa com a mesma; c) se as rendas diferenciais forem consideradas, o nível da taxa de lucros pode ser estabelecido independentemente do rácio do salário monetário; d) o nível da taxa de câmbio que garante a rentabilidade normal do setor primário não precisa coincidir com a taxa de equilíbrio em conta-corrente; e) a taxa de câmbio efetiva não precisa gravitar em torno de nenhum desses dois níveis anteriores, que devem ser vistos como limiares mínimos da taxa efetiva; f) as consequências distributivas desagradáveis da depreciação da taxa de câmbio podem ser parcialmente evitadas por meio de impostos de exportação que não elevam os custos de produção de commodities primárias.

ABSTRACT We develop a formal framework that endogeneizes the productive structure of a small open peripheral economy as the outcome of a problem of technical choices. We subsequently examine the main theoretical theses and policy prescriptions of the New-Developmentalist approach to economic growth. We argue that: a) not only does the pattern of specialization depend on technical conditions, but also on income distribution; b) in an economy without rents, the level of the money wage-nominal exchange rate ratio is univocally determined once the rate of profits is known, and shows an inverse relationship with it; c) if differential rents are considered, the level of the rate of profits can be set independently of the money wage-exchange rate ratio; d) the level of the exchange rate that ensures normal profitability of the primary sector need not coincide with the current-account equilibrium rate; e) the effective exchange rate need not gravitate around any of these two former levels, which must be rather seen as minimum thresholds of the effective rate; f) the unpleasant distributive consequences of exchange-rate depreciation can be partially avoided by means of export duties that do not raise primary-commodities production costs.